No inferno, onde ainda é quente
Lançar-me-ei de peito aberto
À noite, que se faz vinda!
(Espero-te num futuro incerto)
Antes a morte que a afasia
Quero a dor da feiúra inata
Excitando a flor doentia!
(Meretriz da terra do nada)
E traga-me o gozo vil
Dos filhos de João-ninguém
Armando a arapuca frouxa
---Não sobreviverá ninguém!---
Pulo, de choro e ódio
De medo, grito e lamúria
Liberdade, ainda que tardia
À morte, mãe da angústia!
(No inferno, onde ainda é quente)
Não sobreviverá ninguém.
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