A vida é uma orgia
Daquelas que nunca se
avalia
Vale menos do que se
dita
Pois nada cessa, como
um calor que excita
Em cada um existe um fogo de vadia
Não se descreve
Pois até o ócio fortalece
Não satisfaz o que
apetece
Nem serve pra quem
esquece
Pois jamais se esquece
Não se conclui
Visto que quando se
constitui
No cerne do corpo flui
E contradiz o medo do
que evolui
Inevitavelmente possui
Aquele pra sempre
escravo do gozo
Que se sobrepõe ante
qualquer acordo
Transcorre veias em
suborno
Discordando do intuito
mais amoroso
O símbolo leal jaz
morto
Termina num túmulo cru
Para as carniças, urubu
Remanescendo o calor
que tu,
Outrora, não soube
controlar, Exu
O calor consome, da
genitália ao cu
Nenhum comentário:
Postar um comentário