Queria escrever sobre o
sonho que tive,
Mas o sonho que tive,
Antes que pudesse tomar
nota,
Partiu.
Onde estará aquela
pomposa silhueta onírica?
Silhueta que dança
perante a minha sina
E que me deixou
atordoado com tamanho fascínio?
Colidiu.
Colidiu igual os seus
iguais inigualáveis?
Sonhos lancinantes de
deleites intragáveis em vigília?
Ou algozes de
orgasmáticas agonias
Feitos de plástico e o
que quer que lembre o estado de espírito
Que mostra a
inexistência deste?
Me iludiu.
Me iludiu perante um
tribunal de três instâncias:
Id,
Ego,
Superego
E todos os seres do
universo, aglomerados numa sinfonia perpétua
Que concretizou a completude
divina existente dentro de cada sonhar.
Mas já são oito e meia.
O café quente dança em
minha língua.
O sonho agora não passa
de uma névoa cinza.
Ah, como eu queria
escrever sobre o sonho que tive!
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