domingo, 6 de janeiro de 2013

Sonho que tive



Queria escrever sobre o sonho que tive,
Mas o sonho que tive,
Antes que pudesse tomar nota,
Partiu.
Onde estará aquela pomposa silhueta onírica?
Silhueta que dança perante a minha sina
E que me deixou atordoado com tamanho fascínio?
Colidiu.
Colidiu igual os seus iguais inigualáveis?
Sonhos lancinantes de deleites intragáveis em vigília?
Ou algozes de orgasmáticas agonias
Feitos de plástico e o que quer que lembre o estado de espírito
Que mostra a inexistência deste?
Me iludiu.
Me iludiu perante um tribunal de três instâncias:
Id,
Ego,
Superego
E todos os seres do universo, aglomerados numa sinfonia perpétua
Que concretizou a completude divina existente dentro de cada sonhar.
Mas já são oito e meia.
O café quente dança em minha língua.
O sonho agora não passa de uma névoa cinza.
Ah, como eu queria escrever sobre o sonho que tive!


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