terça-feira, 17 de junho de 2014

"Onde andarás minha náusea?"
Perguntava  a estranhos na rua, amarelo e tuberculoso,
Absorto em devaneios esquizofrênicos.

Ora, eu sou o delírio mais nefasto de mim mesmo
E a ausência da minha ânsia me afastava da beira do abismo do meu próprio eu
[o que me enoja mais do que qualquer coisa]

Faço vigília nos portões do inferno, certo de que ali encontrarei resposta ao grito que me foi roubado
Artimanha das mais ousadas, mãe da prisão cadavérica do ser.

"Minha nausea?", repetia a ermo, pálido e moribundo perante os dezenove guardas do vale das sombras.
Que me mostravam dentes claustrofobicamente brancos.

Minha voz tombara antes de mim.
E era ali
Diante do vale das sombras, onde repousava o âmago da minha busca

Mas não havia esperança:
Eu já estava morto

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