terça-feira, 2 de agosto de 2011

Doppelgänger


Eu sou
Antes de tudo
Um apaixonado
Inconscientemente, pois
Um Doppelgänger de mim mesmo
Que não sabe montar um verso
Muito menos amar
Massageio-me cerebralmente
Sexualmente, intelectualmente
Sendo assim, não mais que assim,
Desfaço-me de qualquer modéstia
Sou, ao mesmo tempo,
Incubus e Succubus
Dois demônios na cabeça
Dois amores inexistentes
Andando de lá pra cá
Me corroendo as entranhas
Me lembrando que estou vivo
Sou?
Sou nada!
Sou menos que o vento que se move
E mais do que o desejo de se matar
Um escarro do oceano atlântico
Um ser humano
Humano ser um?

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